No último dia 04/4, a empresa sul-coreana LG anunciou o encerramento das suas atividades no mercado mundial de smartphones. Com essa decisão, a fábrica brasileira, localizada em Taubaté, será fechada. Em nota, a multinacional disse que a decisão é para que a marca “concentre recursos em áreas de crescimento, como componentes de veículos elétricos, dispositivos conectados, casas inteligentes, robótica, inteligência artificial e soluções business-to-business, bem como plataformas e serviços”.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Taubaté, o impacto do fechamento da LG no Brasil irá atingir mais de 1100 postos de trabalho diretos no Vale do Paraíba. Vale lembrar que no último período, outras marcas como Sony e também a gigante do mercado automotivo, FORD, anunciaram o fechamento de suas atividades no Brasil.
O GOI já havia alertado e denunciado no artigo “O fechamento da FORD e a desindustrialização do Brasil“, que “os capitalistas (…) ao verificarem uma queda na taxa de lucro, sem nenhum peso na consciência, decidem pelo fechamento das fábricas. Para estes abutres não importa que operários e operárias fiquem sem emprego e morram de fome em plena pandemia do Covid-19. Para os parasitas do capital o lucro é mais importante que a vida da classe trabalhadora”.
Imediatamente após o anúncio do fechamento da LG, operárias e operários da Sun Tech, Blue Tech e 3C, três fábricas fornecedoras da LG, que correm o risco de terem seus empregos ameaçados, decidiram no dia 06/4, em assembleia na porta de fábrica, entrar em greve. E após um ato unificado realizado em frente a sede da LG em Taubaté na manhã de hoje (12/4), as operárias e operários da LG também decidiram se unir ao movimento grevista em defesa dos empregos, salários, direitos e contra a terceirização.
A luta unificada que se inicia contra o fechamento da LG no Brasil e que tem na linha de frente centenas de mulheres operárias, é um grande exemplo de como devemos organizar a resistência do conjunto da classe trabalhadora que está enfrentando os ataques da patronal e seus governos.
É preciso derrotar os capitalistas de LG!
Para isso a classe trabalhadora precisa apoiar a luta das metalúrgicas e metalúrgicos pelo fim das demissões e a imediata estatização sem indenizações das plantas industriais que estão sendo fechadas. Isso só será possível com a organização da classe trabalhadora através de greves e ocupações de fábricas e, sobretudo, com o controle operário da produção. É preciso lutar pela redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, pela Escala móvel de horas de trabalho para dividir e gerar mais empregos!
Nós do GOI/Palavra Operária nos somamos ao apoio e solidariedade à luta das operárias e operários, saudando especialmente a força das mulheres grevistas. Chamamos o conjunto dos partidos que falam em nome da classe trabalhadora, movimentos sociais e sindicatos a se somar na solidariedade, apoio, divulgação e ampliação da greve na LG, Sun Tech, Blue Tech e 3C, organizando em suas bases ações, panfletagens e atos em defesa da greve.
Nossa defesa é a luta! Todo apoio e solidariedade à luta operária unificada contra o fechamento da LG!