Por Zerasthro
No cenário político nacional, agora em palco menor, temos a oportunidade de conhecer os mecanismos da política promíscua que corrompe e engana para que se possa estabelecer condições propícias, no intuito de desviar os recursos públicos aos interesses escusos. Entre os muitos existentes, a cidade vive mais um capítulo que se espelha na exploração de um serviço essencial.
A atuação de Prefeito, Secretários, Coordenadores e Interlocutores empenhados no processo de fragmentar e fragilizar o Serviço Móvel de Urgência de São Paulo (SAMU), obrigando os trabalhadores a ocuparem instalações degradantes.
Esses personagens e acólitos da administração municipal, adotaram a posição intransigente de contrariar toda a estrutura regimental envolvida, oferecendo o mais puro desprezo ao apelo das entidades representativas, que alertam para a previsão catastrófica de pessoas que serão vitimadas por ocorrências inerentes e impactadas pela plena precarização do serviço pré-hospitalar instituída pela administração Bruno Covas, através da portaria SMS 190/2019 como “reestruturação do SAMU”. Contra o qual a classe trabalhadora reivindica a revogação, e denuncia a transferência arbitrária de 100 servidores, diminuindo o efetivo das equipes e deteriorando as técnicas que promovem o direito ao atendimento digno, que integram a preservação da vida e integridade do ser humano.
É oportuno ressaltar que o abandono das bases modulares estratégicas, que custavam milhões, sob a justificativa de contenção de gastos da administração, não tem razões de prosperar frente a logística de aporte financeiro praticado pela Prefeitura, tão absurda e vergonhosa, como a tentativa expressa em ocultar os locais e condições adversas, que atestam o desrespeito aos profissionais do SAMU, e estabelecem as formas impraticáveis de atendimento, como fruto de sabotagem de um governo irresponsável.
Zerasthro é servidor municipal de São Paulo.
Um comentário em “Contra o desmonte do SAMU!”