Nota do GOI-Palavra Operária
O GOI-Palavra Operária manifesta sua solidariedade aos familiares e colegas do operário Ademar Aparecido de Souza, de 63 anos, que morreu devido a um acidente de trabalho no interior da metalúrgica Cinpal, em Taboão da Serra, após ser atingido por uma peça na forjaria da fábrica. Seu colega José Célio Barbosa Vargas, de 54 anos, que também foi atingido, sofreu ferimentos leves.
Neste ano, este já é o segundo acidente fatal na fábrica. A Cinpal é uma das 10 maiores empresas brasileiras do setor de autopeças, riqueza gerada pelo suor da classe operária. Mas, não garante as condições de segurança para os trabalhadores e trabalhadoras fazerem seu trabalho. Além de acidentes fatais, acontecem inúmeros outros acidentes no dia a dia da fábrica, causados pelas más condições de trabalho e pelas jornadas estafantes, gerando um stress permanente entre os operários e operárias.
O crescimento das mortes e acidentes de trabalho é consequência também da extinção das NRs – Normas Reguladoras de Segurança no Trabalho, promovida pelo governo Bolsonaro, e da falta de fiscalização das empresas por parte das autoridades federais, estaduais e municipais, conforme tem denunciado o sindicato. Tudo isso agravado pela crescente precarização causada pela terceirização e contratação temporária.
Os operários e operárias da Cinpal mostraram recentemente a força de sua mobilização ao obrigar a empresa a melhorar o valor da PLR. O caminho para conquistar melhores condições de trabalho que evitem acidentes e mortes é também a mobilização e a luta. Só assim a Cinpal e as autoridades públicas serão pressionadas a tomar as medidas necessárias para a proteção das trabalhadoras e trabalhadores.
Neste momento de dor, manifestamos nossa solidariedade de classe aos familiares e colegas de trabalho do Sr. Ademar, assim como nossa indignação com o descaso dos patrões gananciosos com a classe operária.
[Imagem: assembleia no interior da Cinpal]
GOI - Palavra Operária 