No dia 21/9, em mais uma grande demonstração de revolta e resistência, milhares de Enfermeiras, Enfermeiros, Auxiliares de Enfermagem, Técnicos e Técnicas de Enfermagem, Parteiras e Parteiros tomaram às ruas de todo o país.
O Dia Nacional de Luta da Enfermagem pelo Piso Nacional da Categoria foi convocado pelas Entidades Representativas, Sindicatos e Organizações que defendem os direitos das trabalhadoras e trabalhadores da saúde, dos serviços públicos e privados, após o STF decidir pela suspensão do Piso Nacional da Enfermagem, aprovado em Julho pelo Congresso Nacional.















A pedido dos patrões da saúde privada, os/as togados/as do STF suspenderam o Piso, que já deveria ser pago nos salários de agosto, alegando que o reajuste poderia gerar “desequilíbrio financeiro” e “desemprego” no setor.
Vale lembrar que estes mesmos ministros e ministras são os que aprovam todos os anos seus próprios aumentos de salário, verdadeiras fortunas pagas com dinheiro público, sem se preocupar de onde vai sair o dinheiro. A verdade é que não passam de fantoches dos patrões e quando se trata de beneficiar a classe trabalhadora sucumbem às pressões da patronal, de empresas privadas que sugam recursos públicos para ganhar montanhas de dinheiro às custas da saúde, que deveria ser universal, gratuita e de qualidade.
É bom lembrar que as trabalhadoras e trabalhadores da Enfermagem não só estiveram na linha de frente na luta contra a Covid-19, como também foram vitimados por ela, e são apoiados pela grande maioria da população para que recebam salários dignos que recompensem seus serviços prestados à população.
É inadmissível a suspensão do Piso Nacional da Enfermagem, enquanto rios de dinheiro público são destinados para Albert Einstein, Iabas, CEJAM e tantas outras empresas que enriquecem com a privatização e terceirização da Saúde Pública, pagando salários miseráveis aos funcionários e funcionárias e prestando um serviço precarizado à população.
A luta da Enfermagem é mais do que justa, e é também um exemplo para o conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras. Por isso, é necessário encher de solidariedade sua luta. A Enfermagem vem nos mostrar que não será do Congresso, do Governo Bolsonaro ou da Justiça dos ricos e poderosos que iremos conquistar nossos direitos.
Diante das eleições no país, e do fato de que a maioria da nossa classe quer tirar Bolsonaro do poder e eleger Lula, chamamos os trabalhadores e trabalhadoras que irão votar em Lula para que exijam dele que se comprometa de fato com o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem, assim como com o conjunto de reivindicações da classe trabalhadora. E que, para isso, rompa suas alianças com os patrões e governe junto com os sindicatos e movimentos de luta da classe trabalhadora.
O GOI-Palavra Operária está junto com a Enfermagem e chama o conjunto da classe trabalhadora a apoiar esta luta. O PISO NACIONAL DA ENFERMAGEM FICA!