O GOI/Palavra Operária esteve presente hoje durante parte da manhã e a tarde conversando com os operários e operárias da Renault e prestando solidariedade de classe à sua luta nos piquetes na porta de fábrica.
A indignação é enorme. Recebemos diversas denúncias de que a empresa demitiu funcionários com a Covid-19, afastados pelo INSS e um relato bastante cruel foi a demissão de um trabalhador que está hospitalizado devido a uma cirurgia.
Os metalúrgicos nos contaram que receberam a informação de suas demissões por e-mail e carta. Um deles chegou a dizer que a empresa perdeu todo o respeito social e humano para com seus funcionários.
Os operários e operárias cobram também um posicionamento do poder público, pois até o momento o Governador Ratinho Junior (aliado do governo Bolsonaro) não se posicionou sobre as demissões, que ferem o acordo da empresa de manter e gerar empregos já que recebe isenções fiscais milionárias, a custo dos impostos pagos pela população paranaense.
Outro relato que tivemos conhecimento é de que o número de demitidos pode ser ainda maior que 747 metalúrgicos/as no chão da fábrica. Funcionários do administrativo também estariam sendo demitidos, podendo chegar a 25% as demissões deste setor da empresa, que hoje está trabalhando em home office.
Apesar da supervisão ter orientado a vinda dos operadores/as ao trabalho, a greve na Renault ganhou até o momento 100% da adesão dos metalúrgicos e conversando com eles notamos que há disposição de luta para reverter este ataque aos empregos. Sua luta é importante, justa e nos enche de orgulho e otimismo ver que a resistência da classe trabalhadora ainda persiste.
Os piquetes tem sido importantes para organizar a greve, fortalecer a solidariedade entre trabalhadores e barrar a produção. Porém, recebemos a denúncia que, na noite de ontem (22/7), a polícia do Paraná, que cumpre o papel de defender a propriedade privada e reprimir a classe trabalhadora e suas lutas, haveria prendido e liberado depois alguns piqueteiros que resistiram a entrada dos ônibus na fábrica. A intimidação da PM e da patronal, entretanto, não tirou a disposição de resistência e de luta dos metalúrgicos.
Continuaremos acompanhando esta importante greve operária, nos solidarizando e ajudando a divulgá-la para que outras categorias vejam a importância de enfrentar e resistir aos ataques dos governos e da patronal.
Todo apoio aos metalúrgicos/as da Renault!
Abaixo imagens feitas por militantes do GOI nos piquetes:

















5 comentários em “Direto da greve da Renault: metalúrgicos fazem piquetes para garantir a greve. Todo apoio à luta contra as demissões!”