O GOI – Grupo Operário Internacionalista se soma a campanha internacional e ao repudio à prisão política do operário Sebastián Romero, ex-delegado da General Motors de Santa Fé e reconhecido militante do PSTU argentino e da Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT-QI).
Romero, conhecido como “Gordo Mortero”, é natural de Rosário, e hoje está com 35 anos. Ficou mundialmente famoso, quando foi fotografado atirando um morteiro contra o Senado, durante as manifestações contra a Reforma da Previdência de Mauricio Macri, em 2017. Ele era pré-candidato a deputado nacional pelo PSTU.
Os protestos contra os ajustes neoliberais de Macri foram duramente reprimidos. Após as grandes mobilizações dos hermanos, o então presidente argentino desatou uma perseguição brutal contra diversos ativistas e militantes, incluindo Daniel Ruiz, também militante do PSTU Argentino, que ficou preso por mais de um ano e foi solto em outubro do ano passado, após uma campanha internacional pela sua libertação.
Romero foi preso na manhã de sábado do dia 30 de Maio, capturado em uma fazenda na cidade de Chuy, no Uruguai, após estar foragido por mais de um ano. Segundo fontes, ele se entregou sem resistir.
Sua prisão é parte da perseguição e repressão orquestrada pelo ex-governo Macri contra líderes sindicais e políticos que enfrentaram seu plano de fome e miséria, a serviço do FMI e da burguesia argentina. Como a bala que matou Ismael Rodriguez, a extradição de Jones Huala para o Chile, e as ameaças e pressões aos ativistas sindicais, como a camarada Corina de Moreno, Sebastián Romero se tornou um perseguido político por este governo, por defender os aposentados nas manifestações do dia 18 de Dezembro de 2017.
“O governo do Uruguai, presidido por Luis Lacalle Pou, deve enviar imediatamente Sebastián ao seu país e permitir a comunicação imediata com sua família. E em seu país ele deve ser imediatamente libertado pelo governo de Alberto Fernández e pela justiça argentino.”, declaração da Liga Internacional dos Trabalhadores de 01 de Junho de 2020.
No Brasil, os governos federal, estaduais e municipais, a polícia e a justiça burguesa também vêm desatando uma dura repressão aos atos e protestos da nossa classe contra seus planos de miséria e ataques aos direitos trabalhistas e sociais e as liberdades democráticas. Recentemente, 10 profissionais da saúde foram presos por protestar contra a corrupção do governo Witzel e contra as medidas adotadas durante a pandemia. A jovem ciclista, Sabrina Nery, estudante de medicina, que enfrentou os bolsonaristas que atacaram ato de enfermeiras e enfermeiros no 1º de Maio em Brasília, foi injustamente indiciada pela Policia Civil. Além disso, nos atos antifascistas, temos visto a PM atuar com dois pesos e duas medidas. Em Curitiba, semana passada, foram detidos 6 jovens e um menor, e em Porto Alegre, antifascistas também haviam sido detidos semanas atrás.
Assim como continuaremos na luta em defesa do direito de lutar e contra a repressão policial e do Estado burguês, exigimos a libertação imediata de Sebastián Romero e nos solidarizamos com o PSTU argentino e com a LIT-QI, colocando-nos inteiramente à disposição para uma campanha em defesa do camarada.
Lutar não é crime! Basta de perseguições políticas!
Por uma grande campanha unitária de todas as organizações políticas, sindicais e de Direitos Humanos contra a repressão do Estado!
Pela liberdade e fim dos processos de todos/as os/as combatentes!