18M: Façamos uma greve unitária do funcionalismo em defesa dos direitos e do serviço público

Por C. Pedroso

As centrais sindicais e sindicatos das categorias do funcionalismo público convocaram o dia 18 de Março como um dia de greve nacional em defesa dos direitos e contra os ataques do governo Bolsonaro ao serviço público.

Diante da ameaça de privatizações, mais sucateamento e reformas, como as da previdência e administrativa, que seguirão destruindo os direitos e conquistas históricas do funcionalismo (a exemplo da “reforma” da Previdência), é necessário que todas as categorias se unifiquem neste dia de luta para enfrentar Bolsonaro e a política de austeridade de Guedes e dos governadores e prefeitos.

Pandemia do Coronavírus e a defesa do serviço público

O avanço do Coronavírus no Brasil traz um importante espaço de debate com a população sobre as principais reivindicações do conjunto do funcionalismo e em defesa dos serviços públicos, que são de interesse de tod@s nós.

Enquanto Guedes diz que para tratar a crise é necessário mais reformas e ataques ao conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras, nós defendemos que:

É necessário revogar a PEC do teto de gastos (“PEC da morte”, aprovada pelo governo Temer), que congela em 20 anos gastos em serviços essenciais, como Saúde e Educação.

Suspender imediatamente o pagamento da dívida pública aos agiotas dos grandes bancos e empresas multinacionais para destinar os recursos para a construção de hospitais, leitos e abrigos, investimento em ciência e pesquisa, através das Universidades Públicas, para desenvolver vacinas e remédios que possam atuar sobre a expansão do vírus.

Enquanto muitos países possuem a saúde privatizada, como os EUA de Trump, nós temos o SUS. No entanto, o sucateamento, os cortes e desvios de recursos são o câncer que impossibilita a população de ter acesso a um serviço gratuito e de qualidade. Por isso, fortalecer o SUS diante da pandemia de Coronavírus e outras doenças como a Dengue e o Zicavírus, que afetam sobretudo os mais pobres, é uma das principais reivindicações que levaremos às mobilizações do dia 18.

É necessário devolver os Hospitais privatizados durante o governo Dilma para as Universidades Federais, colocando-os a serviço da população e dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde ao invés do lucro das empresas que abocanharam as estruturas e pioraram os serviços e tratamento d@s funcionári@s, com demissões e baixos salários.

Muitas famílias não possuem saneamento e isso será um fator determinante para propagação do vírus entre os trabalhadores e as trabalhadoras mais pobres. Não serão os representantes do governo que irão atender diretamente essas pessoas em situação de risco, mas sim os funcionários públicos que trabalham cotidianamente junto à população. Por isso, é necessário lutar por mais recursos para saneamento básico e equipamentos para o controle da doença.

Contratação imediata dos concursados e abertura de mais concursos públicos para sanar a insuficiência no quadro de funcionári@s de várias instituições do serviço público.

Avançar para não retroceder! Tomar às ruas em defesa dos nossos direitos! É greve porque é grave!

Mesmo tendo convocado o dia 18 como um dia de greve do funcionalismo, as centrais (sendo a CUT a principal central que atua na categoria) e sindicatos, estão recuando da necessidade de tomar às ruas para enfrentar os ataques de Bolsonaro, capitulando à pressão da burguesia e à histeria da mídia patronal.  

Enquanto a burguesia e seus governos dizem para evitar aglomerações, cancelam shows, espetáculos e eventos aos quais a maioria da população pobre e trabalhadora não tem acesso, seguem obrigando-nos a trabalhar todos os dias para manter os lucros dos capitalistas durante a crise, enfrentando ainda transportes públicos superlotados e de péssima qualidade, com tarifas exorbitantes. Os ricos e poderosos, durante a pandemia de Coronavírus têm acesso aos melhores recursos e nós, trabalhador@s, o que temos? Não podemos e nem devemos aceitar isso!

O dia 18 de Março é um dia de luta em defesa das bandeiras do funcionalismo público, que também são bandeiras do conjunto de toda a população, mas devemos lutar para que ele seja o pontapé de mais lutas e enfrentamentos de tod@s @s trabalhador@s contra as medidas que estão sendo tomadas pela burguesia para atacar nossos direitos, enquanto estes continuam se enriquecendo.

Por isso, sair às ruas é uma tarefa central. Devemos tomar os exemplos heroicos dos povos do Chile, Haiti, Índia e, agora, dos operários e operárias da Itália que estão em greve contra as medidas do governo de extrema direita, que isolou o país, mas os manteve trabalhando durante a epidemia de Coronavírus no país.

Viva a luta do funcionalismo público!

Em defesa dos serviços públicos, gratuitos e de qualidade! Por salários, empregos e direitos!

Contra as privatizações!

Pela unidade da classe trabalhadora para derrotar os ataques de Bolsonaro, governadores, prefeitos e patrões!

Todo apoio às greves da Educação estadual de MG e municipal em BH e Recife e dos servidores municipais de Florianópolis!

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