As lições da derrota da FORD do ABC

A multinacional dos EUA, depois de explorar por 52 anos a força de trabalho operária brasileira, simplesmente fechou as portas, demitindo cerca de 3 mil trabalhadores e trabalhadoras. É uma grande derrota da classe operária, da qual temos de tirar 5 grandes lições:

1) que os patrões só tratam a classe operária como mero objeto descartável, não tão nem aí para nossa vida e de nossas famílias.

2) que os governos nada fazem para defender o nosso direito ao emprego: Lula e Dilma injetaram milhões de reais de subsídios na FORD e outras montadoras, que usaram o dinheiro para alavancar seus lucros e agora demitem e cortam direitos (como a GM e outras); Bolsonaro não está nem aí para nossos empregos e direitos, é totalmente comprometido com os patrões.

3) o Sindicato dos Metalúrgicos de SBC, filiado à CUT, que já foi muito combativo nos anos 1970 e 80, foi incapaz de organizar a luta em defesa dos empregos na FORD, demonstrando que os burocratas que estão hoje nas direções dos sindicatos só sabem sentar em reuniões com os patrões e governos, mas não querem organizar a classe operária para lutar.

4) os operários e operárias que estão no chão da fábrica sofrendo a exploração e a humilhação tem que se organizar por si mesmos, se auto organizar em comissões de fábrica e grupos clandestinos para defender os empregos, salários e direitos.

5) só a estatização das fábricas e a implantação de uma administração comandada pelos próprios operários e operárias pode salvar a indústria nacional da destruição promovida pelas multinacionais e por Bolsonaro.

(artigo publicado no jornal Palavra Operária nº 5 – dez/2019 – jan/2020)

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