Depois de explorar os operários e operárias brasileiros por 51 anos, a FORD do ABC anuncia que vai fechar e demitir 4.500 pessoas. A BOSH, multinacional alemã que está no Brasil desde 1954, também anunciou a demissão de 90 operários e operárias, com o fim da produção de motores em sua fábrica de Alphaville.
A patronal imperialista está se aproveitando da estagnação da economia e da “reforma” Trabalhista de Temer para fazer demissões e impor novos convênios coletivos rebaixados. Isso ocorreu também na GM de São José dos Campos. O novo acordo de tarifa zero para importação de automóveis, motores e autopeças do México, assinado por Bolsonaro, vai piorar a situação.
É preciso enfrentar esta ofensiva da patronal de forma unificada e não isolada em cada fábrica, como têm feito as direções dos sindicatos metalúrgicos do ABC (CUT), Osasco (Força Sindical) e São José (CSP-Conlutas). É preciso priorizar a organização da luta direta dos operários e operárias e não as negociações com governos reacionários como o de Dória, que promete “ajudar” a encontrar um comprador para a FORD.
É urgente que estas centrais chamem um Encontro Nacional dos Metalúrgicos das Montadoras e Autopeças, com representantes de base eleitos nas fábricas, para discutir um Plano de Luta Unificado para enfrentar as demissões e o corte de direitos.