No último dia 24 de Outubro, o congresso argentino aprovou, em maratona de votações, o novo plano orçamentário para 2019 do governo Macri e do FMI. Enquanto os deputados votavam o pacote de maldades do governo e do imperialismo, do lado de fora do congresso milhares de trabalhadores e trabalhadoras eram duramente reprimidos pelas forças de segurança do Estado. O panfleto abaixo foi produzido pela CTR – Corrente dos Trabalhadores Revolucionários da Argentina para o dia da votação.
Com salários de fome, demissões e mais ajustes: NÃO HAVERÁ 2019!
PLANO DE LUTA UNIFICADO PARA TIRAR MACRI JÁ!
O governo de Macri pretende votar o orçamento de 2019 a pedido do FMI, negociando com setores do peronismo, as províncias e o resto da oposição. O objetivo, já conhecido de todos, é “acelerar” o ajuste contra os trabalhadores e o povo, reduzindo as Despesas Públicas (salários, aposentadorias, obras, saúde e educação), para transferir esse dinheiro para os cofres do FMI, dos Fundos Abutres e especuladores da Bolsas de Valores.
O governo de Macri gastou mais de 230.000 milhões de pesos apenas no pagamento de juros sobre a dívida até agora em 2018 e projeta uma despesa de 400.000 milhões até o final do ano nessa área. Enquanto isso, para os trabalhadores, a inflação sobe para 40% em relação ao ano anterior, as taxas de transporte, eletricidade e gás continuam a subir, e a onda de demissões no setor estatal e privado também continua.
NÃO PODEMOS ESPERAR 2019. UNIDADE PELO ‘FORA MACRI’ JÁ!
O governo “Cambiemos” -coalizão política de direita- nos leva a um impasse. A recessão está fechando fábricas e empresas em todos os lugares, a hiperinflação, a destruição dos salários com a escalada do dólar, o desemprego e a pobreza que crescem dia a dia, NÃO podem ser resolvidos nas ELEIÇÕES de outubro de 2019. Os líderes políticos e sindicalistas que fazem este discurso de esperar até 2019 para tirar Macri com o voto, são fiadores do ajuste.
É urgente exigir que tais lideranças sindicais convoquem plenárias regionais de delegados e assembleias de base para discutir um Plano Nacional de Luta para impor um Plano de Emergência Econômica da CGT, CTA e Movimentos Sociais, a serviço dos trabalhadores, e pelo “Fora Macri” AGORA!
Chega de paralisações isoladas e aos domingos! Paralisações por tempo indeterminado até derrubá-lo! Esta é a única alternativa para recuperar o salário, emprego e defender nossa soberania nacional e a independência econômica de nosso país das garras do FMI.
BASTA DE PERSEGUIÇÕES A DIRIGENTES OPERÁRIOS E POPULARES: LIBERDADE JÁ PARA DANIEL RUIZ!
Em 12 de setembro, Daniel Ruiz, dirigente petroleiro e do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) foi preso por ordem do juiz Sergio Torres por ter participado da mobilização de 18/12/2018 contra a Reforma Previdenciária. Mais uma vez, a Justiça dos poderosos e as forças de segurança do governo de Macri procuram esmagar a resistência dos trabalhadores e nos intimidar para que não saiamos para lutar pelos nossos direitos.
Como Milagro Sala, Jones Hualas e centenas de dirigentes políticos e sindicais processados e perseguidos por esse governo antioperário e servil ao imperialismo, Daniel é um preso político de toda a classe trabalhadora. Nós não podemos olhar para o outro lado. Devemos lutar pela sua libertação imediata e fazer uma grande campanha com todas as organizações políticas, sindicais e de direitos humanos, com a mais ampla unidade, pela liberdade dos prisioneiros por lutar e pelo arquivamento dos processos contra todos os dirigentes operários e populares.
Se conseguirmos libertar Daniel, será um triunfo de todos os trabalhadores e do povo contra Macri e o FMI. E estaremos em melhores condições para derrubar esse governo de fome e miséria.
Junte-se à campanha
No dia 12/11 teremos um grande dia de luta pela liberdade de Daniel Ruiz e todos
os presos políticos do governo Macri.
CTR – Corrente dos Trabalhadores Revolucionários,
Argentina, 24 de Outubro.