Pela construção de uma alternativa independente dos patrões para enfrentar os ataques à classe trabalhadora de São Paulo!
Dois candidatos burgueses se enfrentam no segundo turno da eleição para o governo do estado de São Paulo: o playboy João Dória, do PSDB, e o oportunista Márcio França, do PSB. Nenhum deles representa os interesses da classe trabalhadora e do povo pobre de São Paulo. Ambos, se eleitos, irão atacar os direitos d@s trabalhador@s e beneficiar os grandes bancos e empresários.
Dória representa o setor mais raivoso e ultraconservador do PSDB. Desde o primeiro turno, contrariando seu próprio partido, cujo presidenciável era Alckmin, fez a dobradinha bolsodória com o capitão Bolsonaro, aliança que se concretizou abertamente no segundo turno. O ex-prefake de São Paulo diz que não é político, mas abandonou a prefeitura após apenas 15 meses no cargo para seguir com sua carreira política. É responsável pela violenta repressão aos servidores e servidoras municipais de São Paulo durante a greve que derrotou seu projeto de reforma da previdência (Sampaprev). É responsável também pelo fechamento de AMAs, cortes nos transportes públicos, privatização do patrimônio da prefeitura, repressão brutal de usuários de drogas. Deu ração como merenda pros filhos e filhas d@s trabalhador@s nas escolas da rede municipal. Se eleito, vai ampliar os ataques que promoveu na prefeitura de São Paulo, mantendo o governo do estado como um balcão de negócios do PSDB, a serviço de seus amigos empresários e banqueiros.
Márcio França, apadrinhado e vice-governador de Alckmin, silencia diante da candidatura de Bolsonaro e ataca a candidatura de Haddad, ignorando a orientação de seu próprio partido, e atua de fato pela vitória da ultradireita no maior colégio eleitoral do país. França é um charlatão, fez várias promessas eleitoreiras aos professores da rede estadual que não foram cumpridas, como o reajuste salarial de 10,15% e a melhoria da situação dos contratados categoria O e eventuais. É apoiado por Paulo Skaf, do MDB de Temer, presidente da reacionária Federação das Indústrias de São Paulo e promotor do impeachment de Dilma. França pretende formar seu governo com Skaf e com a ala de Alckmin do PSDB. Na “primeira esquina” vai trair as promessas feitas aos trabalhadores e trabalhadoras, principalmente aos servidores públicos.
Compreendemos o setor mais consciente da classe trabalhadora e os ativistas das lutas que pretendem votar em França acreditando que seja um “mal menor” para evitar a vitória do bolsonarista Dória. Há também um forte desejo de colocar fim ao domínio de mais de 20 anos do PSDB sobre o governo do estado. Mas, alertamos que votar em França é um erro, pois nossa classe não deve depositar suas esperanças na candidatura de nenhum dos burgueses que concorrem ao governo de São Paulo. Devemos, desde já, organizar a luta contra qualquer um dos dois que vença.
Consideramos equivocada a posição adotada pela executiva do PT e pela executiva do PSOL de São Paulo que chamam a votar para derrotar Dória deixando implícito o chamado ao voto em França, sem sequer fazer uma crítica ou alerta aos trabalhadores e trabalhadoras sobre o caráter burguês do candidato do PSB.
Só a luta independente da classe trabalhadora e do povo pobre e oprimido poderá apontar uma saída contra a burguesia paulista e seus partidos PSDB e PSB. Neste sentido, exigimos que o PT rompa seus acordos e pactos com a burguesia e construa uma Frente da Classe Trabalhadora, sem patrões.
O GOI chama também as trabalhadoras e trabalhadores e a vanguarda ativista a VOTAR NULO para governador em todos os estados em que concorrem dois candidatos da burguesia: AP, AM, DF, MS, MG, PA, RJ, RS, RO, RR, SE, SC. No Rio Grande do Norte chamamos a votar na candidata do PT, Fátima Bezerra, para derrotar o candidato da coligação PDT-MDB-PP-DEM-PODE, exigindo que rompam com a burguesia e formem um governo sem patrões.
(Nota do GOI – 24/10/2018)
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