Declaração da CTR – Corrente de Trabalhadores Revolucionários
Desde a CTR (Corrente de Trabalhadores Revolucionários) expressamos nosso forte repúdio contra o decreto de Macri que altera o papel das Forças Armadas, enviando-os novamente para as ruas para a repressão interna. Esta é uma nova investida do governo, como foi querer aplicar o 2×1 e conceder prisão domiciliar aos genocidas condenados, tentativas que derrotamos com a mobilização unitária.
Esta política mostra o total servilismo do governo, em questões políticas e econômicas, aplicando um terrível ajuste contra o povo, conforme exigido pelo FMI e o Banco Mundial; e no campo militar, implementando o novo pacto militar com o Comando Sul dos EUA, recentemente acordado. Passa por cima da constituição, de nossa soberania nacional, tudo para agradar as exigências estrangeiras que buscam tomar posse dos nossos recursos minerais e de lítio, as reservas de água, nossos rios, nossa Antártica, Atucha, Vaca Muerta, etc.
Os pactos militares e este decreto é simplesmente colocar todas as Forças Armadas para resguardar esses lugares estratégicos que Macri se dispôs a entregar, como parte da política ianque de recolonizar toda a América Latina. Questão que assume maior gravidade com a instalação de bases militares ianques em nosso território, como pretendem fazer em vários lugares, como Misiones, Salta e Neuquén.
Esta política visa a acabar com nossa história de lutas e conquistas em nosso país. Como educação e saúde gratuitas, os acordos trabalhistas, a aposentadoria garantida pelo Estado, derrotar e condenar as forças armadas genocidas, etc.
O imperialismo e o governo querem fazer passar o ajuste a todo custo e, para isso, relançam essa ofensiva repressiva. Apelamos a todas as organizações que se reivindicam democráticas para colocar todo o esforço para derrotar este ataque. Qualquer ação isolada será uma canalhada.
É necessário que nos unamos e confluíamos em uma forte resposta a esse ataque às liberdades democráticas. Façamos uma grande mobilização unitária em todo o país, com greves e todos os tipos de ações nos locais de trabalho e nos bairros até derrotar este decreto, no caminho para derrubar este governo, o FMI e seus ajustes, e todos os acordos militares com os EUA.
Quinta-feira 26 de julho, às 17hs nos mobilizaremos unitariamente com as organizações de Direitos Humanos, Mães e Avós da Plaza de Mayo, organizações sociais, políticas, sindicais, estudantis, etc. Em frente ao Ministério da Defesa (Av. Paseo Colon y Alsina) para gritar:
Abaixo o decreto que libera as Forças Armadas para intervir na segurança interna!
Abaixo os acordos militares com o Comando Sul dos EUA!
Fora ianques da Argentina e da América Latina! Fora suas bases militares!
Não esquecemos, não perdoamos, não nos reconciliamos com os genocidas!