Vote Haddad governador e Lula Presidente! E lute por um Governo da Classe Trabalhadora, sem patrões!

O que as/os trabalhadoras/es da Educação e estudantes devem esperar de um governo do PT aliado a Alckmin em São Paulo?

Os setores mais conscientes da classe trabalhadora, os sindicatos e movimentos populares, camponeses, da juventude e da luta contra a opressão, e os partidos da classe trabalhadora estão unidos no chamado ao voto em Haddad no 2º turno. Esta é a força que pode varrer de vez o PSDB do governo estadual, e barrar a ascensão do representante de Bolsonaro. O GOI-Palavra Operária, já desde o 1º turno, consciente desta força e desta necessidade, chamou o voto em Haddad.

O PSDB, que governou o estado por quase 30 anos, sempre esteve na vanguarda dos ataques aos nossos salários, empregos e direitos. Quem tem mais consciência disso são as trabalhadoras e trabalhadores da Educação, que, ao longo destas décadas, enfrentaram com inúmeras greves e manifestações aos governos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e João Dória/Rodrigo Garcia. E também a juventude das escolas públicas, que fez grandes manifestações e ocupou as escolas na luta contra a reorganização escolar de Alckmin, em 2015.

A falência do PSDB é fruto destas e de outras lutas da classe trabalhadora, que levaram o povo trabalhador de São Paulo a tomar consciência de que este partido dos patrões e seus políticos são nossos inimigos de classe, assim como seus aliados do MDB, Cidadania, União Brasil, PSB etc.

Contudo, a desintegração bolsonarista do partido de FHC, Serra, Dória e Alckmin (o vice de Lula foi tucano até o ano passado) ameaça levar ao governo o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos). O PSDB, que se manteve no governo do estado há quatro anos atrás surfando na onda reacionária do bolsodória, agora quer passar o bastão do governo para o ex-ministro e testa de ferro de Bolsonaro.

O legado do PSDB na Educação é trágico. A precarização das condições de trabalho avançou muito. Hoje, cerca de 40% do professorado trabalha por contratos temporários e sem direitos (categoria O e eventuais). O governo Dória deu início à reforma administrativa no estado através da chamada “nova carreira”, uma armadilha que visa a perpetuar a precarização dos contratados e enganar as professoras e professores concursados para que abram mão de seus direitos. A terceirização dos serviços de merenda e limpeza das escolas leva à superexploração das trabalhadoras e trabalhadores destas áreas por empresas criminosas. A privatização corre solta, principalmente através do repasse de recursos públicos às empresas que lucram com a educação (gráficas, informática, assessorias de empresas e institutos privados, como Ayrton Senna, Todos pela Educação/Fundação Lemann etc.).

Avançou também a implantação autoritária das escolas de tempo integral, sem a participação democrática da comunidade escolar, e sem garantia da infraestrutura e pedagogia necessárias para a formação das/dos estudantes. E com o mesmo método truculento está sendo imposto o Novo Ensino Médio, que substitui o ensino da Ciência à juventude trabalhadora por “itinerários formativos”, que visam a formá-los apenas com o mínimo de estudo para trabalharem sem direitos e por baixos salários para empresários exploradores. O autoritarismo dos governos do PSDB se impõe também através de ameaças, perseguições e processos administrativos armados contra trabalhadoras, trabalhadores e estudantes que denunciam e ousam lutar contra estas políticas. Assim como através do ataque permanente aos sindicatos, como a Apeoesp.

Tarcísio de Freitas quer dar continuidade à política do PSDB, aprofundando os ataques à Educação e ao conjunto dos serviços públicos. Quer implantar no estado o programa reacionário de Bolsonaro de militarização e doutrinação fascista que já vem sendo aplicado em outros estados governados por elementos bolsonaristas.

O voto em Haddad é necessário, em primeiro lugar, para derrotar a ameaça bolsonarista, para evitar que ocorra um retrocesso ainda maior do que as três décadas de tucanato no estado. Mas, não só isso! As trabalhadoras e trabalhadores da Educação e estudantes conscientes vão votar em Haddad com a expectativa de que seu governo irá reverter e acabar com as políticas tucanas de privatização e precarização do trabalho, e com o autoritarismo e a “pedagogia da ignorância” nas escolas públicas.

Porém, é preciso perguntar: como Haddad vai fazer isso aliado aos restolhos do tucanato no estado (como Alckmin, Serra e FHC) e com outros políticos e partidos patronais tão podres como o PSDB? Como vai fazer isso aliado a institutos como Ayrton Senna, a serviço do patronato? Estes “aliados” já cobram seu apoio a Haddad, exigindo que ele não mexa na política educacional do PSDB. O mesmo fazem os empresários do ensino, que mantém um poderoso esquema de transferência dos recursos públicos da Educação para seus bolsos. O patronato vai contar também com a colaboração da maioria reacionária de deputados/as eleitos/as recém-eleitos/as para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

As trabalhadoras e trabalhadores da Educação e estudantes não se esquecem de que quando foi prefeito de São Paulo, cedendo às pressões patronais, Haddad deu início à reforma da Previdência, encaminhando o projeto privatizante do SampaPrev, e enfrentando a greve dos servidores públicos municipais. Além disso, Haddad deu sequência à terceirização dos serviços públicos praticada pelos governos patronais que lhe antecederam, a exemplo da entrega da gestão do Hospital do Campo Limpo ao hospital privado Albert Einstein.

2016: Manifestação de professoras/es da Rede Municipal de São Paulo contra o projeto do Sampaprev enviado pelo prefeito Haddad à Câmara Municipal.

A experiência demonstra que não há como atender às reivindicações dos trabalhadores sem atacar os lucros da burguesia. Porém, esta não é a política de Haddad, de Lula e do PT, assim como a de seus aliados do PSOL, PCdoB e demais organizações da esquerda reformista que compõem a Frente Ampla de coligação com os patrões.  

É por isso que o GOI-Palavra Operária chama as trabalhadoras e trabalhadores e jovens que vão votar em Haddad, a que exijam dele que rompa suas alianças com a burguesia e os partidos e políticos patronais. Que governe junto com os sindicatos e movimentos de luta da classe trabalhadora. Exigência que deve ser feita também a Lula em nível nacional.

Só apoiado na mobilização, na consciência e nas organizações da classe trabalhadora e da juventude que hoje se mobilizam para levá-lo ao poder, Haddad poderá atender a estas expectativas e esperanças de mudança, sobretudo na Educação.  

Vote 13: Haddad governador! Lula Presidente! E lute por um Governo da Classe Trabalhadora, sem patrões!

Nota do GOI (27/10/2022)

[Imagem: Haddad fala ao Todos pela Educação, em setembro/2019]

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