#BrequeDosApps | Entregador@s convocam unidade para lutar em nova greve geral

O aumento da informalidade no Brasil levou muitos trabalhadores e trabalhadoras a ter de recorrer a outras fontes de renda. Desde a aprovação da reforma trabalhista, estamos vendo crescer exponencialmente no país o número de entregador@s de aplicativos.

Com a pandemia, empresas como a Rappi, Ifood, Uber Eats, James e etc viram crescer a demanda por seus serviços e se aproveitavam da crise sanitária para lucrar rios de dinheiro com o suor e o trabalho dest@s trabalhador@s. Junto de outros serviços essenciais, este setor da nossa classe, composto majoritariamente por jovens das periferias, foi colocado na linha de frente. Sem o fornecimento de equipamentos de segurança (EPIs), máscaras e álcool em gel por parte das empresas, eles permanecem por todo este período realizando as entregas de produtos, remédios e alimentos para aqueles que conseguiram garantir o direito ao isolamento social.

Diante do agravamento das condições de vida e trabalho que já vinham aumentando mesmo antes da pandemia com os ataques promovidos pelos patrões e seus governos aos nossos direitos, os entregadores e entregadoras, assim como outras categorias como os de trabalhador@s do telemarketing, se viram obrigados a se organizar e construir a unidade da categoria para lutar por seus direitos, salários e condições de trabalho. Esse movimento tem rompido as barreiras nacionais e pode ser visto em diversos países da Europa, Reino Unido, Chile, Argentina e também aqui no Brasil.

O dia 1º de Julho de 2020 entrou para a história da categoria, após a convocação e realização da primeira greve geral (#brequedosapps) dos trabalhadores e trabalhadoras de entrega por aplicativo no Brasil, que também ocorreu em diversos países da América Latina (como Chile e Argentina).

Organizados em associações e coletivos (como os Entregadores Antifascistas, Treta no Trampo, Entregadores Unidos, etc), el@s seguiram realizando protestos e paralisações durante todo o ano de 2020, exigindo o aumento no repasse das taxas de entrega, seguro contra acidentes, fim dos bloqueios sem justificativa, chamando a atenção do poder público para que seus direitos sejam garantidos e as empresas de aplicativos sejam responsabilizadas. Além disso, os entregadores e entregadoras tem demonstrado o verdadeiro espírito da solidariedade de classe aos colegas que são vítimas de acidentes, racismo e preconceito.

Em 2021, já ocorreram diversas manifestações da categoria por todo o Brasil. Nas últimas semanas, em várias regiões da cidade de São Paulo, foram realizados “esquentas” para uma nova greve geral.

Diante da intransigência das empresas de apps, que seguem explorando, precarizando as condições de trabalho da categoria e se negando a negociar com @s trabalhador@s, el@s decidiram convocar uma nova greve geral para dia 16/4. Mas não só isso, também diante dos absurdos aumentos do preço da gasolina nos postos de combustíveis, que só se agravam pela política do governo genocida e patronal de Bolsonaro e Mourão, os entregadores e entregadoras tem também buscado construir a unidade na luta com outros setores como: caminhoneir@s, motoristas de aplicativo e também setores dos serviços essenciais, inclusive, ampliando o chamado para trabalhador@s da educação.

O momento é grave, por isso para el@s é direito do trabalhador/a paralisar suas atividades e exigir dos governos e patrões seus direitos e responsabilizá-los pelo agravamento das nossas condições de vida e trabalho!

O GOI/Palavra Operária saúda a mobilização e luta dos entregadores e entregadoras de aplicativo por seus direitos, salários e condições de trabalho. Nossa defesa é a luta! E é fundamental que iniciativas de construir a unidade entre as mais diversas categorias estejam partindo da base, só assim poderemos barrar os ataques dos patrões e seus governos e garantir a preservação da vida da classe trabalhadora!

Clique aqui e veja o vídeo divulgado pelo “Treta no Trampo” em que um os entregadores convocam profissionais da educação para se somar e unificar na luta.

No vídeo abaixo eles chamam os motoristas de Uber e 99 para se somar na luta:

Veja a resposta dada pelo Comitê Unificado Pela Base de Profissionais da Educação da Rede Municipal ao chamado:

“A UNIDADE VENCE O MEDO!

A luta não para, a luta só cresce. Entregadores de APP e educadores pela vida.

Estamos unindo forças pela garantia de direitos básicos como saúde, alimentação e trabalho digno, que nossos governos – municipais, Estadual e Federal – não garantem. Os aplicativos de entrega exploram seus trabalhadores e trabalhadoras, sem garantias trabalhistas e sanitárias, enquanto educadores seguem em #GreveSanitária pelo ensino remoto de qualidade. Todos lutando pela imunização geral com cronograma adequado para trabalhar dignamente e pelo retorno seguro às escolas.

#CARRETAÇOPELAVIDA!

Preparem suas EPIS (máscaras adequadas) e seu álcool gel; façam faixas com reivindicações e colem no carro; permaneçam no carro com até 2 pessoas e na moto sozinho ou sozinha; preste atenção nas coordenadas de trânsito enviadas nos grupos de organização e evitem tirar a máscara durante o #carretaço.

Entregadores: entrem nos grupos que vocês fazem parte ou nas redes sociais e se informem sobre essa organização.”

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