Entregadores e entregadoras de aplicativo dão o exemplo e o caminho a ser seguido!

“Não tem entrega não, porque minha vida vale mais que do patrão”, essa foi a palavra de ordem que marcou o protesto na manhã de hoje, em que dezenas de trabalhadores e trabalhadoras de entrega por aplicativo bloquearam uma das faixas na Avenida Paulista, em frente ao MASP, paralisando as entregas para lutar por melhores condições de trabalho.

A principal reivindicação destes trabalhadores e trabalhadoras é contra as taxas baixíssimas que eles recebem de aplicativos como a Rappi, Ifood e Uber Eats. Não dá pra continuar arriscando suas vidas no trânsito para receber R$ 4,00 (!!!) por entrega feita. Isso é um absurdo e um abuso destas empresas que continuam lucrando rios de dinheiro com o suor e vida destes milhares de trabalhadores e trabalhadoras.

Diante da pandemia, são estes e estas que estão na linha de frente, sob sol e chuva, muitos e muitas dos quais sem nem EPIs básicos, para garantir entrega de produtos, alimentos e remédios, etc, para aqueles que podem estar em isolamento social.

Os motoboys, motogirls e bikes estão em luta pelos seus direitos para conseguir ter seu pão de cada dia. Aos que passavam pela manifestação, os gritos eram de “vem pra rua vem, porque a Rappi não tá pagando bem”.

Além das péssimas condições de trabalho, estes trabalhadores e trabalhadoras reclamam também da falta de suporte dos aplicativos para atender as dificuldades da sua árdua rotina e os bloqueios injustificados que recebem. Relatos de racismo também foram feitos por motoboys que precisam ir até os grandes hipermercados realizar as compras que são solicitadas pelos aplicativos e também por não conseguirem nem ter direito a usar banheiros de estabelecimentos devido à cor da pele.

Durante a manifestação, a Policia Militar foi acionada e começou a anotar as placas das motos destes trabalhadores e trabalhadoras para multá-los, numa explícita intenção de acabar com o ato. Um abuso de poder e uma atitude que viola os direitos e liberdades democráticas dos trabalhadores e trabalhadoras de se manifestarem pelos seus direitos! “Só o pobre é oprimido”, gritava um dos manifestantes.

Este não foi o primeiro ato e manifestação realizado por estes trabalhadores e trabalhadoras. Durante a quarentena, outros atos aconteceram tanto na capital Paulista, como em outras cidades Brasil afora. A insatisfação é grande e novos atos e protestos devem ocorrem. Nosso total apoio à luta e mobilização dos entregadores e entregadoras de aplicativos. Sua luta é digna e um exemplo para toda a classe trabalhadora!

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