Na votação final das eleições dos Estados Unidos, no Colégio Eleitoral que distorce a votação popular, Biden teve 306 votos e Trump 232. Em número de votos foram 81,3 milhões para o democrata e 74,3 milhões para o republicano. Uma diferença de apenas 7 milhões de votos, que evidencia a profunda divisão e crise política, econômica e social do país.
Apesar da derrota de Trump, quase metade do eleitorado segue apoiando suas ideias e propostas reacionárias.
A eleição de Biden alentou esperanças no mundo todo entre as trabalhadoras e trabalhadores, sobretudo nos setores oprimidos (mulheres, negros, jovens, imigrantes, LGBTQIs), de uma mudança na política do país. Mas, não se deve esperar do democrata nenhuma virada política favorável ao povo explorado e oprimido. Republicanos e democratas, desde sempre, se revezam no poder, mas representam apenas diferentes setores da burguesia exploradora, opressora e imperialista que seguirá dominando o país e o mundo.
A pandemia do coronavírus e a crise econômica mostraram a verdadeira cara da exploração capitalista nos EUA: cerca de 300 mil mortes por Covid-19, mais de 11 milhões de desempregados, o crescimento da fome e da miséria. As grandes manifestações exigindo justiça pelo assassinato de George Floyd, em maio-junho, (que foram decisivas para a derrota eleitoral de Trump) deixaram a nu o racismo que cresce no país, mesmo após ter sido governado por oito anos pelo democrata negro Barack Obama. Biden seguirá apoiando o governo genocida de Israel que massacra diariamente os palestinos.
As lutas contra a burguesia mais poderosa do planeta vão prosseguir, a exemplo das greves das trabalhadoras e trabalhadores da Amazon, da luta antirracista do Black Lives Matter e das lutas contra a dominação imperialista no Mundo Árabe, na América Latina e em todo o globo.